Entre 40 a 46% é quanto vão subir os suplementos remuneratórios dos directores das escolas. O aumento, aprovado esta quarta-feira em Conselho de Ministros, é, segundo o secretário de Estado Valter Lemos uma forma de compensar os dirigentes dos estabelecimentos de ensino pelo «reforço de competências e responsabilização» previsto no novo modelo de gestão escolar.
Na prática, os suplementos remuneratórios vão oscilar entre os 600 euros – para os directores de escolas com menos de 800 alunos – e os 750 euros, para os dirigentes de estabelecimentos de ensino com mais de 1.200 estudantes.
Valter Lemos anunciou que o aumento se vai verificar já em Janeiro, em todas as escolas onde há directores em funções, mas não adiantou, contudo, qual o esforço financeiro global que vai representar esta medida.»
Por Margarida Davim @ Sol Notícicas
Mas alguém acredita que isto não é mais do que comprar a força dos directores das escolas para apoiar a Avaliação de Professores que o Governo quer implementar?! Nem vou adjectivar esta medida...
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/381662
Os meus filhos vão nascer a falar em CPU's e redes de navegação!
Hoje é notícia em todos os jornais o aumento de vagas no ensino superior. Mais 1.500 vagas disponíveis.
Isto soa muito bem. A questão é. Que oferta é essa? Ter mais vagas nos cursos de Medicina parece bem. Gestão... o mercado também absorve. Mas vale a pena manter o número de vagas em certos cursos onde a taxa de desemprego é desanimadora?!
Já veio a Ordem dos Advogados exigir a redução do número de vagas nos cursos de Direito. Só a Clássica tem 510 vagas . Em Portugal existe um advogado por cada 350 habitantes!
Todos nós temos amigos ou conhecemos alguém que terminou o seu curso e continua à procura de trabalho na área.
Politicamente fica bem apregoar mais vagas. Mas é preciso ter em conta de que forma é que o número de vagas corresponde à oferta de emprego que vai compensar o esforço realizado pelos estudantes e pelas famílias.
Colocar finalistas a trabalhar na City de Londres foi a mais recente proeza do Mestrado em Finanças da Faculdade de Economia da Universidade Nova Lisboa.
Madalena Queirós
Um emprego na capital financeira mundial com um salário médio anual de 60 mil euros. Saídas profissionais no mercado internacional foram um dos factores que mais contribuiu para que a faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa entrasse na lista publicada ontem no Financial Times num especial Formação de Executivos dedicada aos mestrados em Finanças.»
Ainda vamos tendo algum ensino de excelência.
A questão da dificuldade ou facilitismo do exame nacional de Matemática tem sido um dos assuntos de discussão nos últimos tempos. Já debati esse assunto no blog do Henricartoon, onde foram surgindo pontos de vista diferentes e acabei por decidir trazer alguns argumentos para aqui.
Tal como pude ver nas notícias e de outras que li, alguns alunos concordaram que o exame deste ano foi bastante fácil, não oferecendo grandes problemas de raciocínio.
No ano passado ouviu-se falar mais ou menos no mesmo e, o que é certo, é que as médias dispararam com a subida das notas.
Para mim, e para muita gente, esta é mais uma daquelas formas à tuga de dar a volta às situações e mostrar resultados. Temos maus resultado a Matemática?! Ah! Mas deixamos já de ter!! E a consistência?! Nenhuma!
De facto acho que tem vindo a existir um facilitismo gradual. Tive aulas de Cálculo com um professor búlgaro, na faculdade, que deve ter apanhado uma desilusão, coitado! Estamos muito longe do pessoal de leste que consegue desenvolver raciocínios matemáticos, para lá do 2+2=4. Resposta da professora assistente às nossas crises existênciais: não temos essa capacidade porque há muito tempo que esse treino foi retitado dos programas escolares. A dificuldade crescente dos alunos que entram cada ano é notória.
Falaram-me também numa ausência de diálogo entre o ensino secundário e os níveis de ensino a baixo, para que exista uma coerência no que é leccionado entre todos. Concordo! No 5º ou 6º ano dão-nos uma máquina de cálcular para a mão. Passa a ser a nossa melhor amiga. Na faculdade não há máquina para ninguém! E depois: ai Jesus que não sei fazer contas de dividir! É um exemplo!
Aos vários problemas apontados na discussão, acrescentei ainda a mentalidade. A Matemática foi criada num bicho papão. Os putos entram para a escola já com medo dela. Já ouviram falar... E ganham resistência ou têm a desculpa de que é difícil.
E há ainda outro problema. A interpretação. Muitas vezes não sabemos é o que nos é pedido. E pelas explicações que já dei, tive a percepção disso.
Não será, de certeza, o marketing de bons resultados que vai fazer de nós melhores e mais competitivos. Tomem-se mas é medidas a sério!
. Mãe...! Quero um Magalhãe...
. Mestrado de Finanças da F...
. Facilitismo Matemático - ...